Ômega 3 pode ajudar a reduzir a TPM

Estudos revelam que o consumo de cápsulas de óleo de peixe ajuda a aliviar os sintomas da síndrome. Especialistas orientam a preferir as cápsulas concentradas
A TPM (tensão pré-menstrual) é uma síndrome com sintomas físicos e psíquicos que atinge boa parte das mulheres, existindo casos considerados graves o suficiente para afetar o estilo de vida e até o trabalho da mulher. Por esse motivo, a ciência tem se dedicado a encontrar auxílios para aliviar esses sintomas, que costumam acompanhar, em maior ou menor grau, a população feminina durante todo o seu período fértil. Entre os nutrientes constatados por pesquisadores como fortes auxiliares na diminuição da TPM, está o ômega 3.
Segundo um estudo publicado no jornal Complementary Therapies in Medicine, os ácidos graxos poli-insaturados podem diminuir tanto os efeitos mentais quanto físicos da síndrome. Para chegar a tal conclusão, os cientistas analisaram 184 mulheres que sofriam de TPM e as dividiram em dois grupos, submetendo um deles à ingestão diária de 2g de ômega 3 rico em EPA e DHA (cápsulas) e o outro a placebos. Ao final do período de experiências, as mulheres que haviam recebido suplementação com ômega 3 apresentaram menos gravidade, do que as outras participantes, em sintomas característicos da tensão pré-menstrual, tais como ansiedade, irritação, dificuldade de concentração, depressão, sensação de inchaço, dor de cabeça e sensibilidade nos seios. Outros estudos apontam na mesma direção.
"Esses resultados aumentam progressivamente conforme a duração do tratamento", afirma a Dra. Maria Inês Harris, PhD e consultora científica da Biobalance. Segundo a especialista, a suplementação com ômega 3 altamente purificado, ou seja, com maior concentração de seus ácidos essenciais (DHA e EPA), é comprovadamente benéfica à saúde, e para quem apresenta os sintomas característicos da TPM. "Ele atua diretamente na função metabólica, inclusive a hormonal, melhorando-a. 
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o ideal é que 1 a 2% da energia diária consumida seja de EPA + DHA, o que corresponde a aproximadamente 500 mg. Por isso, para obter as propriedades do ômega 3 contra a TPM, além de outros males, como o combate à aterosclerose por meio da redução dos triglicerídeos, é importante observar a pureza do suplemento, já que as capsulas de óleo de peixe não concentrados apresentam menor quantidade de EPA e DHA e mais ômegas-6 e ácidos graxos saturados, que conflitam com os efeitos do Ômega 3. "É preciso se atentar aos rótulos dos produtos disponíveis para venda, para não consumir menos ômega 3 do que o necessário para obter os resultados desejados", orienta a Dra. Maria Inês Harris.
OmegaPURE apresenta 90% de ômega-3 e é vendido em farmácias de manipulação. Cada cápsula de 500 mg de OmegaPURE contém 450 mg de EPA + DHA. Trata-se de uma concentração elevada.
Mas e o ômega 3 que vem da alimentação?
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), os limites seguros aceitos para a contaminação de peixes com mercúrio (na forma de metilmercurio) é de 0,5ppm e para o chumbo é de 0,3 ppm. Essa estimativa é feita com base na ingestão de até 400 gramas de peixe por semana por um adulto que pese cerca de 60 kg. Qualquer consumo acima dessa marca é prejudicial, trazendo possíveis danos aos sistemas respiratório, cardiovascular e nervoso.
Dessa forma, é arriscado recomendar, por exemplo, o consumo diário de peixes para obter o nível necessário diário de ômega 3 preconizado pela OMS. Os peixes mais afetados pelos metais pesados são justamente aqueles que mais agradam o paladar brasileiro, como salmão, namorado, pescada, atum, cação e sardinha. "É importante que levemos em consideração que os peixes tendem a acumular poluentes como os metais pesados. O consumo em elevada quantidade de peixes pode ser prejudicial, especialmente para crianças em desenvolvimento e gestantes, dado o risco de contaminação com chumbo e mercúrio, que nestes casos pode atingir doses perigosas. Vemos aí mais uma vantagem da suplementação com ômega 3 altamente purificado", explica Dra. Maria Inês Harris.

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