Nutricionista dá dicas de alimentos benéficos a saúde cardíaca
De
acordo com a última pesquisa da Organização Mundial da Saúde sobre as
principais causas de morte, as doenças cardiovasculares – infarto, AVC e
insuficiência cardíaca – são as que mais causam vítimas no mundo
inteiro. No Brasil, uma pessoa a cada dois minutos vai a óbito por males no
coração, o que coloca o país entre os dez com o maior índice desse tipo de
mortalidade. São muitos os motivos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças
cardíacas – como hipertensão, diabetes, colesterol elevado, tabagismo,
estresse, genética, entre outros – porém todos eles podem ser agravados com uma
alimentação repleta de sal e gorduras. Para orientar sobre refeições saudáveis
aos cardíacos, a nutricionista do Hospital e Maternidade São Cristóvão Cintya
Bassi dá algumas dicas.
“Os alimentos
que favorecem a saúde do coração são as frutas, verduras, legumes, queijos
magros, peixes, carnes e aves magras, alimentos integrais e ricos em fibras,
óleos vegetais, soja e cacau”, exemplifica a nutricionista. Segunda ela, o
ideal é comer alimentos considerados cardioprotetores, porque contribuem para a
redução do colesterol ruim e triglicérides,
reduzem a pressão arterial e diminuem a agregação plaquetária, condição
que pode favorecer a formação de trombos e prejudicar a circulação
sanguínea.
Já os alimentos que devem ser evitados por pessoas com propensão a problemas
cardíacos são aqueles que necessitam de acréscimo de sal e com teor elevado de
sódio, como enlatados, frios e embutidos, queijos amarelos, carnes defumadas,
salgadinhos e pratos prontos. "Além desses, o consumo de álcool, gorduras
e açúcar também não é aconselhável pois eles podem gerar descontrole na
pressão arterial, alteração no ritmo cardíaco, enrijecimento das artérias,
problemas renais e obesidade”, explica Cintya.
Ela também ensina alternativas para substituir o sal, utilizando de maneira
correta ervas e temperos. “Utilizar vários temperos ao mesmo tempo pode
mascarar o real sabor do prato e contribuir para a sensação de que o sal faz
falta. É importante saber escolher e preparar. Por exemplo, o alho contém uma
substância chamada alicina que é associada a uma melhor elasticidade dos vasos
sanguíneos”. Outra opção é utilizar o sal light que apresenta metade da
quantidade de sódio comparado ao sal comum e possui maior quantidade de
potássio, o que beneficia a redução da pressão alta. Contudo, ela alerta que o
sal light deve ser evitado por pacientes com problemas renais e que, como o
poder de salgar é menor, necessita cuidado para não exagerar na quantidade.
Cintya também adverte quanto à facilidade das papilas gustativas se adaptarem
aos alimentos salgados, resultando em uma demora de até três meses para se
acostumar com uma dieta com o teor de sal reduzido. “Para estimular esse
processo, em 2013, entrou em vigor uma determinação do Ministério da Saúde que
solicita a redução de sódio nos alimentos processados no Brasil”, finaliza a
nutricionista.
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