Como realizar a massagem cardíaca?
As chances de sobrevivência são
quatro vezes maiores quando o infartado está perto de alguém que seja capaz
de realizar massagem cardíaca
Doenças cardiovasculares são a principal causa de mortes
no Brasil. O país registra cerca de 350 mil óbitos por infarto todos os anos,
e metade das vítimas falece em até uma hora a partir da manifestação dos
primeiros sintomas.
O infarto agudo do miocárdio é a primeira causa de
mortes no Brasil, conforme dados do SUS (DataSus). A SOCESP (Sociedade de
Cardiologia do Estado de São Paulo) aponta que, em média, uma morte ocorre a
cada minuto e meio.
Convicta de que o conhecimento correto pode salvar
vidas, a entidade realizará o maior mutirão de treinamento em ressuscitarão
cardiopulmonar (RCP) no Brasil. Aproximadamente 5 mil pessoas participarão da
ação que acontece durante o 37º Congresso de Cardiologia da SOCESP, nos dias
26, 27 e 28 de maio, no Transamérica Expo Center.
Os participantes serão conduzidos ao “Pavilhão A”, onde
assistirão a vídeos sobre saúde do coração e orientações médicas sobre
prevenção e depois participarão do treinamento. O treinamento (RCP) é prático
e será realizado no “boneco Guizinho”.
Ao falar a respeito da importância do treinamento para
salvar vidas, Agnaldo Píspico, cardiologista e diretor do Centro de
Emergências da SOCESP, argumenta que perde-se 10% de chance de vida a cada
minuto que o serviço de emergência com o desfibrilador demora a chegar. O médico
ressalta que o treinamento é um grande aliado na preservação do maior bem que
um ser humano possui, a vida.
Sobre o Guizinho
Os bonecos usualmente empregados em treinamentos como
custam caro – cerca de 150 dólares cada um – e podem ser usados até seis
vezes, no máximo. Para viabilizar treinamentos amplos, foi necessário buscar
alternativa econômica e eficiente.
Tal solução atende pelo nome de “Guizinho”, um boneco
feito com uma garrafa pet tampada e cheia de ar – cuja pressão fica idêntica ao
do tórax humano –, juntamente com outros materiais reciclados usados para
encher a camiseta velha com extremidades grampeadas, que serve de invólucro
ao “corpo” do boneco.
Testes realizados com 200 estudantes em uma escola de
Araras (SP) mostraram que o treino feito com o boneco “Guizinho” é tão
40% eficaz quanto aquele realizado com os tradicionais manequins importados.
O nome do boneco homenageia seu idealizador, o médico cardiologista Agnaldo
Píspico, cardiologista da SOCESP.
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