Prática da musculação é recomendada para todas as idades
Estudos mostram que após os 30 anos de idade o ser humano acusa uma diminuição natural de massa muscular, mas, com a prática da musculação, é possível recuperar até 60% dessa perda. “Com um ano de treino, uma pessoa de 50 anos de idade pode repor força muscular que começou a perder aos 30 anos”, afirma Adelino Vieira, educador físico do Centro de Qualidade de Vida (CQV).
Segundo o especialista, o aumento da
capacidade e força para as tarefas diárias ameniza esforços cardíacos e
musculares, prevenindo dores e distensões. “Até uma simples caminhada
requer musculatura forte para evitar acidente de percurso”, explica. Para ter
maior eficiência e segurança, porém, ele recomenda que haja uma adequação ao
grau do movimento, respeitando-se o conforto articular “Desta forma a
musculação consegue reverter muito dos efeitos indesejáveis no envelhecimento
sedentário e auxilia na fisioterapia, diminuindo sintomas causados por doenças
que limitam movimentos normais das articulações e que causam dores”, completa.
Para idosos:
De acordo com o educador físico Rodrigo Poli, a musculação é um excelente promotor de saúde para idosos,
pois é uma atividade eficiente e segura. “Estudos realizados comprovam o
efeito da musculação para o aumento de força e equilíbrio, coordenação motora e
flexibilidade. Ela também reduz riscos de quedas e dores nas articulações e
melhora o controle de doenças crônicas”, diz ele, lembrando que para atingir
esses níveis de eficiência e segurança é recomendado praticar musculação com
equipamentos adequados e específicos, que atendam as particularidades de cada
indivíduo e respeitem os limites físicos dos alunos.
Entretanto, é importante ficar claro que o
que faz bem pode se tornar um vilão se certos cuidados não forem tomados, por
isso, é importante que antes de prescrito um programa de treinamento algumas
avaliações médicas especificas sejam feitas. “Deverão ser levantados dados de
acidentes médicos para extinguir qualquer tipo de risco. Desta forma pode-se
dar início a avaliação física e funcional sendo um excelente parâmetro
para identificar em que situação o idoso se encontra em mobilidade, equilíbrio
estático, equilíbrio dinâmico e flexibilidade. Relatos das atividades
diárias como tarefas domésticas, banhos e alimentação também são importantes
para classificação dos níveis de aptidão física e funcional”, avisa
Rodrigo.
Prevenção de doenças crônicas:
A musculação, que é
conhecida como a atividade física que mais promove o aumento de força e massa
muscular, também contribui para reduzir diversos fatores de risco para a saúde
cardiovascular. As doenças que afetam a saúde coração como diabetes,
obesidade e hipertensão estão diretamente relacionadas à qualidade de
vida das pessoas.
A redução da massa muscular produzida pelo
envelhecimento ou por falta de atividades leva a um alto índice de
desenvolvimento dessas doenças. Com o ganho de força e de massa muscular,
o coração passa a sofrer menor sobrecarga cardíaca com esforços do dia a dia.
Vale lembrar que o aumento indesejado de frequência cardíaca e de pressão
artéria em pessoas com uma dessas doenças pode ocasionar um acidente
cardiovascular.
Os piores sintomas da obesidade e do
diabetes, como o aumento de peso e a presença de açúcar no sangue, são
utilizados como uma fonte de energia a ser gasta durante as atividades físicas
que visam a manutenção da massa muscular adquirida, diminuindo assim o
agravamento dessas doenças.
Rodrigo Poli também
alerta que exames médicos e físicos são essenciais antes de começar qualquer
atividade e, em casos de hipertensão, as pessoas devem estar com a medicação
controlada. Durante os exercícios é importante, ainda, que o profissional
verifique periodicamente a pressão arterial do aluno, garantindo assim maior
segurança e eficiência.
Para doenças reumáticas:
A médica
reumatalogista do CQV Dra. Tatiana Molinas Hassegawa afirma que musculação
oferece fortalecimento das articulações afetadas, ajudando a manter o tônus da
musculatura ao redor da articulação inflamada e essa musculatura deve ser
preparada gradualmente para ganhar força para evitar dor e limitação funcional
nas atividades diárias.
“O exercício hoje é visto como a terapia
complementar mais importante para diversas doenças: lombalgia (dor nas costas),
tendinites, artrites, artroses, fibromialgia, osteopenia, osteoporose, lúpus,
miopatias, espondilites, e inúmeras outras. Há muitos trabalhos na literatura
médica comprovando o ganho de força muscular, o aumento da amplitude de
movimento, o ganho de massa magra, da massa muscular e diminuição de quedas e
fraturas, através do aumento do equilíbrio, propriocepção e marcha depois dos
exercícios.
O paciente se torna mais ativo, mais condicionado, independente, autoconfiante e aprende a enfrentar melhor a sua doença, melhorando seu estado físico e emocional perante todas as relações do dia-a-dia”, explica.
O paciente se torna mais ativo, mais condicionado, independente, autoconfiante e aprende a enfrentar melhor a sua doença, melhorando seu estado físico e emocional perante todas as relações do dia-a-dia”, explica.
Segundo Tatiana praticar os exercícios antes,
durante e depois da fase inflamatória, é fundamental para o prognóstico da
doença e diz que, em média, em 16 semanas os benefícios da atividade física já
aparecem.
No entanto, ela alerta que as pessoas que
praticam musculação sem orientação profissional têm mais risco de desgastar as
articulações “ocorre uma sobrecarga mecânica na articulação caso a paciente
exagere no peso”, afirma a médica completando que, geralmente, as articulações
mais prejudicadas diante desse exagero são os joelhos e a coluna lombar.
Academias:
Existem academias
próprias para idosos e portadores de doenças crônicas praticarem exercícios
físicos com segurança. Conhecidas como médicas ou terapeutas elas tem todas as
atividades acompanhadas por profissionais treinados para atender aqueles que
necessitam de uma supervisão mais próxima. Além disso, possuem uma equipe
multidisciplinar formada por médicos, psicólogos, educadores físicos, fora os
aparelhos diferenciados, pois não utilizam polia e cabo de aço como nas
academias tradicionais, e sim, braços de alavanca com angulação, que se adaptam
as necessidades de cada paciente e previnem sobrecargas excessivas nas
articulações. Essa é a essência do Centro de Qualidade de Vida – CQV.
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