Aminoácidos podem ser aliados na melhora da qualidade de vida dos idosos
Suplementação com Leucina é opção para tratamento da sarcopenia, perda de massa muscular que atinge os idosos
Com o decorrer dos anos, a síntese proteica passa a ocorrer com menor velocidade, em razão da desaceleração do metabolismo e da menor ingestão de proteínas pela alimentação regular. Após os 40 anos, inicia-se uma degradação muscular progressiva a tal ponto que, quando o indivíduo chega aos 90 anos, praticamente 50% da massa muscular foi perdida. Para prevenir - ou até mesmo reverter alguns casos - é recomendada a prática de exercícios físicos, associada a uma alimentação saudável e balanceada.
No que diz respeito à alimentação, ao contrário do que muitos acreditam, os idosos possuem uma necessidade nutricional de ingestão diária de proteínas equivalente à de qualquer outro adulto, segundo a Anvisa. Entretanto, sua capacidade de consumo passa a ser mais limitada, devido a fatores fisiológicos ou por doenças que levem à restrição de alguns alimentos.
"Neste contexto, uma alternativa seria a ingestão complementar de conjuntos de aminoácidos, os quais oferecem o aporte nutricional proteico sem a presença de outros macronutrientes associados, como carboidratos ou mesmo gorduras saturadas. A suplementação específica com o aminoácido leucina auxilia no balanço positivo de massa muscular, fundamental para a manutenção de qualidade de vida do idoso evitando deficiências metabólicas como a sarcopenia e suas consequências como a redução de mobilidade e até acidentes graves com lesões" aponta Eduardo Yamanaka, gerente da área de Amino Science, da Ajinomoto do Brasil. "Vale reforçar que toda intervenção na dieta deve ser acompanhada por um profissional de saúde habilitado", alerta o executivo.
A ingestão combinada de aminoácidos é necessária para a síntese proteica, ação potencializada pela Leucina, um aminoácido essencial - aquele que o corpo não pode sintetizar e que, portanto, deve ser obtido pelo consumo de alimentos como carnes vermelhas, peixes, ovos etc. A Leucina atua como sinalizadora para ativação da proteína m-TOR, que age diretamente no processo de formação dos tecidos do corpo, como os músculos. Como resultado da maior formação de tecido muscular, a suplementação de Leucina eleva substancialmente a força muscular, necessária à maior mobilidade, equilíbrio e sustentação do corpo, de modo a evitar quedas, lesões e fraturas no idoso.
Uma preocupação global
Segundo estudo publicado no ano passado no Oxford Journals of Medicine & Health Age, a sarcopenia está presente em até 29% da comunidade geral. Quanto mais velha a população, maior esse número. A análise mostrou que a sarcopenia aparece entre 14% a 33% dos idosos que estão sob cuidados (home care ou casas de repouso) e em 10% naqueles que foram internados em hospital.
Em decorrência da degradação muscular causada pela sarcopenia, o indivíduo fica mais suscetível ao risco de quedas, fraturas e até de morte, já que uma das grandes causas da mortalidade em idosos são as complicações após este tipo de acidente. Além dos efeitos negativos no dia a dia das pessoas, isso gera elevação nos custos para saúde pública e afeta economias em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, cerca de R$ 51 milhões são gastos anualmente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de fraturas decorrentes de queda. "Os dados de prevalência e os gastos relacionados direta e indiretamente à sarcopenia impressionam mundialmente, por isso, busca-se formas de controlar os efeitos dela decorrentes, sendo que a suplementação com a leucina tem se mostrado uma opção promissora de estratégia preventiva", conclui Eduardo.
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