29 de setembro: Dia Mundial do Coração
O consumo de nutrientes específicos pode ter impacto positivo
na pressão arterial
O Dia Mundial do coração serve como um alerta, principalmente para nos
lembrar da importância de exames de rotina e da prevenção de doenças cardíacas.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as doenças cardiovasculares estão
entre as principais causas mundiais de morte. No Brasil, 300 mil pessoas morrem
anualmente, ou seja, um óbito a cada dois minutos é causado por esse tipo de
enfermidade. Sendo que a maioria das mortes prematuras poderiam ser evitadas
com diagnóstico precoce, tratamentos específicos e a adoção de um estilo de
vida mais saudável.
Pessoas
que possuem casos na família por parentes de primeiro grau têm 50% de chances
de também terem problemas cardiovasculares. Embora fatores genéticos contribuam
para ocorrência de tais patologias, para o cardiologista Raul dos Santos,
diretor da Unidade Clínica de Lípides do InCor - HC-FMUSP, alguns hábitos da
população também estão diretamente relacionados ao coração. “Por conta da
vida corrida, as pessoas possuem cada vez menos tempo para cuidarem da saúde e
além disso, fatores como tabagismo e principalmente uma alimentação não
balanceada aumentam o risco de a pessoa ter um problema cardíaco”.
Uma
alimentação saudável traz benefícios para saúde em geral, e quando falamos do
coração os ganhos são maiores ainda. Especialistas vêm estudando dietas
associadas ao menor risco cardíaco, que normalmente são ricas em fibras, com
baixas quantidades de sódio e principalmente, de gorduras saturadas.
Já
existem alguns nutrientes que comprovam seus benefícios cardiovasculares, caso
do DHA - ácido docosaexaenoico - um tipo de ácido graxo da série ômega 3, que
ajuda na manutenção do colesterol bom (HDL). “ O DHA e o EPA se consumidos
dentro de um contexto de uma dieta estão associados a redução dos problemas
cardiovasculares, pois possuem ações anti-inflamatórias, baixam a pressão
arterial, o colesterol e possuem ação antiplaquetária evitando a agregação das
plaquetas e formação de trombos arteriais” – explica o médico.
O DHA
pode ser encontrado em peixes de águas frias e profundas como a sardinha, o
salmão e a cavala. A FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a
Agricultura) recomenda o consumo diário de 250 a 500 mg de DHA para reduzir a
frequência cardíaca, a pressão arterial e também para manter a saúde
cardiovascular em bom estado. Segundo o doutor, as pessoas precisam ir atrás de
seus fatores de risco e predisposição à doença para prevenir possíveis
complicações. “É muito importante medirmos com frequência a pressão
arterial, taxa de colesterol e glicose do sangue, não deixando de lado outros
fatores prejudiciais como a obesidade e o alto nível de estresse. É preciso
aliarmos uma alimentação saudável com a prática de exercícios para termos mais
efetividade na prevenção”, finaliza o médico.
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