Convivendo com o diabetes: Saiba o que fazer e como ajudar o paciente



No Brasil, mais de 13 milhões de pessoas convivem com a doença e as famílias podem fazer a diferença no tratamento e manutenção da qualidade de vida desses pacientes  


        O diagnóstico de diabetes traz mudanças significativas à vida do paciente. Desde a mudança nos hábitos alimentares até a adaptação à rotina de medicamentos, o dia a dia é afetado e necessita de organização para equilibrar o novo cotidiano.



       Poucos sabem, no entanto, que compreender e apoiar essas alterações na rotina de um paciente com diabetes é o primeiro passo para ajudar a tornar as mudanças mais naturais.“Os familiares são peças-chave no tratamento da doença e as pequenas atitudes fazem toda a diferença, como acompanhar os pacientes em consultas com seus médicos e nutricionistas, por exemplo. E não são só as crianças que precisam de cuidados. Adultos também precisam desse envolvimento, especialmente no caso de diabetes tipo 2”, explica a médica Drª. Rocio Riatto Della Coletta, especialista na doença.



      Estima-se que, só no Brasil, mais de 13 milhões de pessoas tenham diabetes e, com isso, mais de 13 milhões de familiares, amigos ou cuidadores de pacientes que podem fazer a diferença. “O primeiro passo é ter em mente que a rotina irá mudar. Quando a pessoa descobre a doença e encara a dieta como um fardo, por exemplo, é muito importante ter o apoio dos familiares e dos que convivem com ele nessa etapa de adaptação”, afirma a médica.



      E não é só na parte da alimentação que a ajuda é bem vinda. O incentivo a uma rotina regular de exercícios físicos ajuda muito em todo o processo. “O ideal é estimular essa pessoa a mudar o estilo de vida e propiciar um ambiente favorável para que isso aconteça. A adoção de uma dieta saudável fará bem não só para o paciente, mas também para todos que passarão a ter uma vida mais leve”, enfatiza Rocio.



Crianças e o convívio escolar

Crianças naturalmente exigem certos cuidados durante o tratamento de diabetes, como a dieta específica e a regularidade na aplicação dos medicamentos, por exemplo. O convívio escolar também exige atenção e pode ser um divisor de águas em como essa criança enxerga o tratamento da doença. Muitas vezes estigmatizado, o aluno requer cuidados especiais na escola e acaba por chamar a atenção dos colegas que, se conhecessem suas condições, poderiam trata-lo com maior naturalidade. O auxílio do professor é fundamental ao explicar o que é a doença e desestigmatizar a questão da medicação. Além disso, o profissional de educação deve se manter atento aos sinais de perigo para o paciente, como episódios de hipoglicemia ou hiperglicemia.


Confira algumas  dicas para ajudar no tratamento de uma pessoa que tem diabetes

1. Adote hábitos saudáveis dentro de casa

2. Evite comer algo que o paciente não possa na frente dele


3. Procure produtos que sejam direcionados para o paciente com diabetes 



4. Aprenda a calcular os carboidratos dos alimentos, caso o paciente faça uso de insulina nas refeições



5. Estabeleça uma rotina para que o paciente adapte o seu tratamento às atividades cotidianas. Ajude-o a lembrar dos horários das medicações



6. Incentive-o a praticar exercícios físicos



7. Acompanhe o paciente em visitas ao nutricionista e ao médico



8. Caso não seja possível compartilhar dos mesmos alimentos, propicie refeições em que o paciente não se sinta desconfortável



9. Saiba o que fazer caso o paciente passe mal por hipo ou hiperglicemia



10. Busque ajuda em associações de pacientes com diabetes ou médicas para entender um pouco mais sobre a doença



Orientação gratuita

Para ajudar no convívio de pacientes com diabetes, a ADJ Diabetes Brasil oferece orientação gratuita por meio do “Dia a Dia com diabetes”. O programa intercala ensinamentos teóricos com ações do cotidiano para garantir uma maior adesão ao tratamento e à educação em diabetes. O projeto atende crianças, adolescentes e adultos e acontece às terças e quintas-feiras na sede da ADJ, na Rua Padre Antônio Tomas, 213 na Água Branca, em São Paulo. O agendamento é feito pelo telefone (11) 3675-3266/Ramal 11.

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