Alimentação saudável ajuda organismo a se defender de infecções comuns no inverno

Para desempenhar adequadamente as funções de defesa, o sistema imunológico deve receber regularmente as vitaminas A, C e E, e os minerais zinco, selênio e ferro

   
      Com a chegada dos meses mais frios, gripes e resfriados são transmitidos mais facilmente, pois os vírus sobrevivem por mais tempo em temperaturas baixas e os ambientes fechados facilitam a transmissão de uma pessoa para outra1. Dessa forma, deve-se estar atento à nutrição, fator importante para o bom funcionamento do sistema imunológico.
    A alimentação saudável, com ingestão adequada de proteínas, carboidratos, gorduras e micronutrientes, é fundamental para que o organismo possa se defender de infecções.2,3 "Quando mantemos uma dieta equilibrada com a presença de todas as vitaminas e minerais necessários, contribuímos para o funcionamento adequado do nosso sistema imunológico", destaca o nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), Durval Ribas Filho.
Entretanto, na correria do dia a dia, consumir a quantidade adequada de vitaminas e minerais, fundamentais para o bom funcionamento do sistema imunológico, é bastante difícil. Além disso, para mantermos uma alimentação saudável e as defesas do organismo em dia, precisamos mais do que apenas vitamina C. Para desempenhar adequadamente as funções de defesa, o sistema imunológico deve receber regularmente também as vitaminas A e E, e ainda o zinco, o selênio e o ferro2.
      Infelizmente, estudos 4,5 revelam que o brasileiro ingere bem menos desses nutrientes do que o ideal.
  • 99% da população tem o consumo de vitamina E abaixo do recomendável;
  • A ingestão da vitamina C está abaixo do indicado em 80% da população;
  • Metade dos brasileiros não ingere a quantidade aconselhada de vitamina A;
  • O consumo de selênio e zinco não atende às necessidades diárias em 40% dos brasileiros.

      De acordo com a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014)6, do Ministério da Saúde, apenas um quarto da população brasileira (24,1%) consome a quantidade de frutas e hortaliças recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em cinco ou mais dias da semana7. Ou seja, pelo menos 400 gramas de frutas e hortaliças por dia, o que equivale ao consumo de cinco ou mais porções, pelo menos cinco vezes por semana.

População com 50 anos ou mais

      Pessoas mais velhas fazem parte do grupo mais suscetível a infecções nesta época do ano e mais vulnerável às complicações decorrentes da gripe.  Pesquisa realizada por Nélson da Cruz Gouveia, médico do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, constatou que, para cada diminuição de um grau na temperatura abaixo de 20°C observou-se um aumento de 5,5% no número de mortes em idosos8.
    Além disso, levantamentos com pessoas com 50 anos ou mais comprovam que os hábitos alimentares também são insatisfatórios nessa faixa etária. A Pesquisa Sinais da Nutrição Depois dos 509, realizada pelo IBOPE Inteligência e desenvolvida pelo multivitamínico Centrum, mostrou que 61% dos entrevistados consideram que a sua alimentação hoje em dia é igual ou pior ao que era antes e duas em cada três pessoas não consomem seis porções de frutas e verduras por dia, principais alimentos fonte de vitaminas e minerais, essenciais para um bom funcionamento do organismo.

Manutenção da imunidade

     De acordo com Durval Ribas Filho, é importante ficar atento para alguns sinais de imunidade baixa. É possível perceber que o sistema imunológico não está 100% quando algumas complicações no organismo, como gripes ou outras doenças, aparecem repetidamente e com frequência e demoram a ir embora.
     "Alguns alimentos, ricos em substâncias que auxiliam no bom funcionamento do organismo, se destacam por contribuírem com a manutenção da imunidade", explica o presidente da ABRAN. Segundo Durval Ribas Filho, esses alimentos são alho, abacate, salmão, brócolis e frutas vermelhas, como morango, framboesa, amora, cereja, acerola e melancia. "O uso de multivitamínicos também é importante em virtude de a nossa dieta, muito frequentemente, estar deficiente na ingestão de vitaminas e minerais", explica.
   
O consumo regular de vitaminas e minerais colabora para o bom funcionamento de todo o organismo. 

Importância de cada vitamina para imunidade10

Vitamina A Tem ação antioxidante, por isso protege as células dos danos causados pelos radicais livres. Contribui para o normal funcionamento do sistema imunitário.
Vitamina C Devido a sua ação antioxidante protege as células de oxidações indesejáveis. Contribui para a manutenção das defesas do organismo.
Vitamina E Tem ação antioxidante, por isso protege as células dos danos causados pelos radicais livres.
Zinco Contribui para a manutenção do sistema imunológico.
Selênio Tem ação antioxidante e contribui para a manutenção do sistema imune.
Ferro Contribui para a formação das células vermelhas do sangue.


Referências:
1 Public Health England. Influenza: the green book, chapter 19. 2013 (accessed April 2014)
2 Chandra RK. Nutrition and Immune System: An introduction. Am J Clin Nutr, 1997; 66:460S-3S.
3 Marques, Camila Garcia. Qual a relação entre nutrição e sistema imune? Disponível em http://www.nutritotal.com.br/perguntas/?acao=bu&categoria=21&id=305. Acessado em 05 de maio de 2015.
4 Pinheiro MM, et al. Antioxidant intake among Brazilian adults - cross-sectional study (BRAZOS). Nutr J. 2011;10:39.
5 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa de orçamentos familiares, 2008-2009. Aquisição alimentar domiciliar per capita, Brasil e grandes regiões. Rio de Janeiro, 2009.
6 Ministério da Saúde. Pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico, Vigitel 2014.
8 Jorge, Marcos. Os males que o inverno traz. Disponível em: http://www.usp.br/espacoaberto/arquivo/2004/espaco44jun/0capa. Acessado em 19/05/2015.
9 Sinais da nutrição depois dos 50. Pesquisa encomendada pela Pfizer Consumer Healthcare, conduzida pelo Ibope Inteligência, 2014.
10 Regulamento nº 432/2012 da Comissão Europeia que estabelece uma lista de alegações de saúde permitidas relativas a alimentos que não referem a redução de um risco de doença ou o desenvolvimento e a saúde das crianças. Jornal Oficial da União Europeia, 16 de maio de 2012.


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