Atividade física na gestação
As
mudanças no corpo e na forma física são uma das principais preocupações das
mulheres quando descobrem que estão grávidas. Na visão do educador físico e melhor personal trainer do mundo, Cristiano
Parente, a atividade física é essencial para auxiliar no bom
desenvolvimento do bebê e na melhor qualidade de vida da futura mamãe.
"É
aconselhável que a mulher não pare com as atividades físicas em nenhum momento
de sua vida, nem mesmo durante a gestação. Importante ressaltar que durante a
gravidez a mulher não está doente. Então, se não tiver nenhuma restrição
médica, deve apostar nos exercícios para uma melhor qualidade de vida",
afirma.
Neste
período, Cristiano Parente recomenda as atividades de fortalecimento muscular e
alongamento. "As gestantes podem realizar atividades que vão trabalhar com
a postura e fortalecimento abdominal para sustentar bem a criança durante a
gravidez. A parte de fortalecimento de pernas, com musculação e caminhadas,
também é essencial para ajudar a melhora da circulação sanguínea. Enfim, se
movimentar sempre é bom em qualquer fase da vida", orienta.
O
educador físico pontua que as gestantes devem evitar os esportes com alto
impacto. "Durante uma gravidez regular, a mulher pode realizar todas as
atividades que não tenham alto impacto, pois este tipo de exercício
caracterizado por contatos intensos com o solo, como por exemplo saltos e
quedas, pode em alguns casos promover o descolamento da placenta, da parede do
útero, gerando sangramento, dor e até mesmo um parto prematuro”, explica
Cristiano.
E
complementa: “a gestação deve ser sempre acompanhada de exames e orientações
médicas sobre possíveis riscos e, logicamente, é necessário que se realize as
atividades com orientação de um profissional de educação física para se evitar
problemas e obter melhores resultados".
Por
outro lado, gestantes com atividade física regular, controlada e na medida
certa, são as que tem uma gravidez mais saudável, tanto para ela quanto para o
bebê. Além disso, não perdem a forma física e têm a possibilidade de grandes
evoluções, devido ao aumento da quantidade de hormônios produzida no período
que promovem grandes ganhos para o corpo da mulher.
Para
se ter ideia da influência disso, um tipo de doping esportivo utilizado de
maneira muito cruel em atletas nos anos 70 e 80 consistia em permitir que as
atletas engravidassem no período pré competição, e quando chegavam aos 3 meses,
faziam abortos. “Isso porque nesses primeiros meses, o aumento da produção
hormonal era alto e as atletas aproveitavam para treinar bastante e ter grandes
ganhos de desempenho, e, como era uma produção hormonal realizada de maneira
"natural" pelo próprio corpo, os exames não conseguiam detectar.
Claro que isso é um absurdo, e que existem inúmeros riscos em realizar esse
tipo de truque para levar vantagem”, diz.
Risco
O
melhor personal trainer do mundo ressalta, porém, que existe um grande risco
para atletas de alto rendimento durante a gestação. "É uma ilusão, um
risco grave colocar o corpo em situações máximas durante a gravidez. Uma
competição depende de rendimento máximo, o que não significa rendimento
saudável. Colocar mulheres em situação de gravidez para renderem ao máximo
provoca um risco de fazê-las perderem a criança ou mesmo de falecerem,
dependendo da demanda física que as mesmas tiverem", alerta. É claro que
existem casos em que as mulheres resistem e nada acontece, mas será que vale a
pena o risco?
Cristiano
Parente recomenda: "O ideal é uma atividade física regular, de intensidade
controlada. A mulher não está doente quando está grávida, ela está ativa.
Portanto deve fazer atividades compatíveis com cada período da gravidez, desde o
primeiro até o último mês de gestação", conclui o educador.
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