Teste das sopas instantâneas
A
PROTESTE Associação de Consumidores testou seis marcas de sopas instantâneas
individuais e constatou que não dá para abusar desse produto, tampouco fazer
dele almoço ou jantar. O valor energético das sopas instantâneas é muito
baixo.
Para
200 ml, ele varia de 28 (Missoshiru) a 75 quilocalorias (Maggi). Como
fornecem pouca energia ao organismo, o aconselhável é que elas sejam
consumidas como lanche, e nunca como refeição principal.
Já
o teor de sódio encontrada na maioria delas ultrapassa, e muito, o ideal.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma pessoa deve consumir menos
de 2 gramas desse mineral por dia. Um único pacotinho, porém, tem, em média,
um terço do recomendado.
Uma
se sobressaiu por apresentar baixo teor de sódio. A quantidade encontrada na
Korin representa apenas 3% do aconselhado, para um dia, pela OMS.
Algumas
das sopas testadas têm mais de 30 ingredientes em sua composição. Foram
avaliadas sopas de frango com batata e tomate, de peito de frango com queijo,
entre outras. A lista de ingredientes que compõem cada uma delas, entretanto,
vai muito além desses alimentos. Para compor a de batata com peito de frango
da Qualimax, foram utilizados 32 itens.
Já
a sopa de frango desfiado com batata e alho poró da Maggi apresenta 31
componentes em sua fórmula. Muitos desses ingredientes são aditivos
alimentares. Não nutritivos, eles são usados para aumentar o tempo de
armazenamento e melhorar tanto o sabor quanto a aparência, entre outras
funções.
O
glutamato monossódico faz parte desse grupo. Usado para realçar o sabor, ele
pode ser encontrado em diversos produtos ultraprocessados. Entre eles estão
salsicha, salgadinho de pacote e macarrão instantâneo. Apesar de, atualmente,
ser considerado seguro, seu uso ainda causa discussão. Há, inclusive, estudos
que sugerem possíveis efeitos nocivos do componente ao organismo, como dor de
cabeça e enjoo após sua ingestão, além de indução ao ganho de peso.
A
legislação brasileira permite que empresas adicionem glutamato monossódico
aos seus produtos, mas não impõe limites relacionados à sua utilização. Já na
Europa, o máximo admitido é 10 gramas por quilo de alimento. Por entender que
deveria ser estipulado limite para o uso desse aditivo, foi levado em conta o
parâmetro europeu.
A
Korin foi avaliada como muito boa por não conter glutamato monossódico em sua
fórmula. Por estarem em conformidade com a legislação seguida na Europa, as
marcas Qualitá e Qualimax tiveram bom resultado. Já as outras foram tidas
como fracas nesse critério por ultrapassarem o limite estabelecido na Europa.
Na
análise sensorial, os consumidores apontaram as sopas Korin e Missoshiru como
aceitáveis. Qualimax, Maggi e Vono ficaram entre as mais apreciadas, sendo
logo seguidas pela Qualitá.
O
que chama a atenção é que a maioria das sopas mais bem conceituadas nesse
quesito possui alto teor de sódio. Isso é sinal da predileção das pessoas por
alimentos ricos nesse mineral, presente no sal de cozinha e, geralmente, em
grande quantidade em muitos dos produtos ultraprocessados.
Foram
verificados os rótulos, o número de ingredientes utilizados na composição dos
produtos, o valor energético e a quantidade de sódio presente em cada um
deles.
Na
análise de higiene, foram procuradas matérias estranhas, macroscópicas ou
microscópicas, como fragmentos de insetos e pelos de roedor. Também foi
averiguado se havia bactérias nocivas à saúde dentro dos pacotes.
Na
análise sensorial, foi pedido que consumidores avaliassem o sabor das sopas,
sem saberem de qual produto se tratava. Elas foram preparadas de acordo com
as instruções contidas no rótulo.
As
sopas testadas foram: Korin Soupi frango com batata; Qualimax Express
batata com peito de frango; Maggi Meu Instante frango desfiado com
batata e alho poró; Vono peito de frango com queijo; Qualitá frango
com batata e tomate e Missoshiru frango.
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