Com as altas temperaturas que o verão
brasileiro tem registrado, a principal preocupação deve ser com a hidratação –
mas esperar sentir sede para beber líquido não é o ideal para manter o
organismo longe dos perigos da desidratação, alerta o professor-titular de
Nutrição da Universidade de São Paulo (USP) Antonio
Herbert Lancha Junior. "Hidratação é muito mais do que simplesmente
tomar um copo d'água. A reposição deve ser permanente", ensina.
Para Lancha, todas as
bebidas hidratam, inclusive as que contêm açúcar e/ou carboidrato.
"Quando consumimos um suco ou um refrigerante, por exemplo, também
estamos hidratando o corpo. A glicose presente nessas bebidas vai ser
incorporada ao tecido muscular e ajudar a potencializar a hidratação",
afirma. No calor, o problema é não beber líquido.
Segundo o especialista, em
lactentes e crianças, a água como percentagem do peso corporal é ainda mais
elevada do que no restante da população. "Nesses casos, é necessário
atenção redobrada com a ingestão de líquidos", aconselha Lancha. No caso
dos lactentes, conforme orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS), a
bebida é exclusivamente o leite.
A desidratação também
influencia no raciocínio e, por isso, a ingestão de líquido é
essencial não só para aqueles cujas atividades exigem esforço físico,
mas também para quem desempenha atividades intelectuais em sua rotina.
"Se a
pessoa não se hidratar ao longo do dia, aquela tarefa que realizava com
facilidade de manhã fica mais trabalhosa, ou seja, ela se cansa
mais para fazer a mesma coisa", adverte.
Para quem quer emagrecer, a
ingestão de líquido é muito importante, porque a quebra da gordura no
organismo é feita por um processo chamado hidrólise (lise=quebra;
hidro=água), que depende diretamente da água.
"As pessoas querem
emagrecer, perder aquela gordurinha para o verão, mas não dão
importância à hidratação. Ao não consumir líquido, o indivíduo limita a
quebra de gordura corporal. Quando a pessoa se hidrata, isso não
significa que o organismo vai quebrar mais gordura do que sua capacidade, mas
vai quebrar no seu limite de competência. Por não se hidratar, a quebra
ocorre abaixo do seu potencial", explica Lancha.
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