Este pão é mesmo integral?
Um novo teste da Proteste revelou que por falta de legislação o consumidor
leva para casa o pão integral sem saber realmente o que está consumindo.
Muitas pessoas preferem consumir produtos
integrais ao invés dos tradicionais, em busca de uma alimentação
saudável com mais vitaminas, minerais e fibras. Mas a questão é: será
que estes produtos são realmente integrais como informam a embalagem? É
possível responder esta pergunta?
A PROTESTE realizou, no final de outubro, um teste com pães integrais para alertar os consumidores e as autoridades que não existe legislação no país que defina os critérios para um pão (ou qualquer outro alimento a base de cereais) ser considerado integral ou não. No laboratório foram avaliadas a quantidade de fibra alimentar e a rotulagem de sete marcas de pães integrais para ilustrar esta situação e não para comparar ou eleger um produto.
Veja abaixo os resultados do teste das marcas que foram testadas e a sua denominação na embalagem:
Como não existem no país parâmetros e metodologia para classificar um pão como sendo integral, verificou-se no teste a quantidade de fibras e as informações dos rótulos. O resultado apontou que todos os produtos possuem um alto teor de fibras, característica essencial deste tipo de produto.
O que chamou a atenção foi à discrepância dos valores informados no rótulo e os encontrados após a análise laboratorial. A legislação permite uma diferença de até 20% para mais ou para menos na tabela de informações nutricionais e somente o pão Milani respeita esta margem de 20%.
Segundo as normas a “lista de ingredientes” deve ser descrita em ordem decrescente de quantidade. Com esta informação verificou-se que os pães testados das marcas Bread life, Grãolev, Milani e Wickbold tem em sua receita maior quantidade de farinha de trigo tradicional, em comparação à integral. O que é estranho, quando se trata de um produto que se denomina Integral.
O teste revelou que por falta de legislação, o consumidor compra esses produtos sem saber o que está consumindo.
A PROTESTE pede urgência à ANVISA para que haja aprimoramento da norma vigente (RDC nº 263/2005), de modo a definir padrões de identidade, qualidade e teor mínimo de grãos integrais nos produtos à base de cereais integrais.
A PROTESTE realizou, no final de outubro, um teste com pães integrais para alertar os consumidores e as autoridades que não existe legislação no país que defina os critérios para um pão (ou qualquer outro alimento a base de cereais) ser considerado integral ou não. No laboratório foram avaliadas a quantidade de fibra alimentar e a rotulagem de sete marcas de pães integrais para ilustrar esta situação e não para comparar ou eleger um produto.
Veja abaixo os resultados do teste das marcas que foram testadas e a sua denominação na embalagem:
Marca
|
Denominação/Rótulo
|
Fibra g/50g
laboratório |
Fibra g/50g
rótulo |
Bread life
|
Pão light, integral
|
4,7
|
2,1
|
Firenze
|
Pão light com farinha de trigo integral
|
4,9
|
2,7
|
Grãolev
|
Pão de forma integral light
|
3,9
|
2,9
|
Milani
|
Pão integral light
|
3,6
|
3,2
|
Nutrella
|
7 Grãos - Pão integral com trigo, girassol,
linhaça, aveia, centeio, soja, tricale |
6,2
|
3,8
|
Plus Vita
|
Pão integral com grãos de trigo
|
6,8
|
4,3
|
Wickbold
|
Os clássicos - Pão Integral
|
4,7
|
3,2
|
Como não existem no país parâmetros e metodologia para classificar um pão como sendo integral, verificou-se no teste a quantidade de fibras e as informações dos rótulos. O resultado apontou que todos os produtos possuem um alto teor de fibras, característica essencial deste tipo de produto.
O que chamou a atenção foi à discrepância dos valores informados no rótulo e os encontrados após a análise laboratorial. A legislação permite uma diferença de até 20% para mais ou para menos na tabela de informações nutricionais e somente o pão Milani respeita esta margem de 20%.
Segundo as normas a “lista de ingredientes” deve ser descrita em ordem decrescente de quantidade. Com esta informação verificou-se que os pães testados das marcas Bread life, Grãolev, Milani e Wickbold tem em sua receita maior quantidade de farinha de trigo tradicional, em comparação à integral. O que é estranho, quando se trata de um produto que se denomina Integral.
O teste revelou que por falta de legislação, o consumidor compra esses produtos sem saber o que está consumindo.
A PROTESTE pede urgência à ANVISA para que haja aprimoramento da norma vigente (RDC nº 263/2005), de modo a definir padrões de identidade, qualidade e teor mínimo de grãos integrais nos produtos à base de cereais integrais.
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