11 de outubro: Dia Nacional de Prevenção à Obesidade


Em menos de 10 anos, a obesidade tende a se tornar um 
problema de saúde pública no Brasil


Mudanças de hábito são essenciais para impedir o atual ritmo de crescimento da doença

Na próxima quinta-feira, dia 11, é o Dia Nacional de Prevenção à Obesidade e, portanto, mais um momento para refletir o que pode ser feito no combate à doença. No Brasil, a obesidade atinge 48% das mulheres e 50,1% dos homens com mais de 20 anos, segundo o IBGE. Além disso, o sobrepeso afeta 30% das crianças entre 5 e 9 anos de idade e cerca de 20% da população entre 10 e 19 anos. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística segue parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), que usa o Índice de Massa Corpórea (IMC) para conceituar o sobrepeso (superior a 25%) e a obesidade (superior a 30%).
 Os números indicam que os brasileiros estão à beira de uma epidemia de obesidade. Se o ritmo de crescimento de pessoas acima do peso for mantido, em dez anos, elas serão 30% da população do Brasil. Este padrão é idêntico ao dos Estados Unidos, onde a obesidade já é considerada um problema de saúde pública.
 "Com o aumento de renda, as famílias brasileiras substituíram a alimentação tradicional como arroz, feijão, carne e hortaliças, por bebidas e alimentos industrializados. Refrigerantes, biscoitos, carnes processadas e comida pronta estão na mesa da população, que consome mais calorias e menos nutrientes", afirma o clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês, Alfredo Salim Helito (CRM/SP 43.163).
 O sobrepeso causado pela alimentação pouco saudável acarreta doenças que estão diretamente ligadas a ele – como diabetes e problemas cardíacos. Para completar o quadro preocupante, a prática regular de exercícios físicos está longe de fazer parte da rotina dos brasileiros.  
 A obesidade leva ao aumento do uso de recursos financeiros destinados à saúde em praticamente todos os países do mundo. De acordo com estudos divulgados no PubMed (1968-2009) e no Business Source Premier (1995-2009), nos Estados Unidos, o custo médio do total de investimentos relacionado à obesidade varia entre 5% e 10%. Uma pessoa com sobrepeso custa US$ 266 a mais aos cofres norte-americanos do que um indivíduo com peso normal. Já o obeso eleva esse valor para US$ 1.723 e o obeso mórbido para US$ 3.012.
 Para o médico de família Alfredo Salim Helito, a sociedade é vítima da chamada 'vida moderna'. "A população tem a sua frente e a todo o momento comidas prontas e rápidas (junk food e fast foods) e, na maioria das vezes, pela correria do dia a dia acaba optando por este tipo de alimento. Se somarmos este fato ao sedentarismo, chegamos a um caminho para o sobrepeso e a obesidade", enfatiza o clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês. 
Diante do crescimento no número de obesos surgem as dietas milagrosas. "Não há formas mágicas para perder peso e somente com uma dieta saudável combinada à prática de exercícios físicos regulares é possível emagrecer", explica o Dr. Alfredo Salim Helito.
O clínico geral ressalta que o uso de medicamentos para emagrecer e a realização da cirurgia bariátrica (redução do estômago) devem ser indicados em último caso, quando o paciente corre risco de vida, não responde a tratamentos ou tem obesidade mórbida.




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