33º Campeonato Mundial de Luta de Braço

Por Paulo Rogério de Oliveira Sabioni
Especialista em metodologia do treinamento desportivo – Unicamp 2007
Fotos: CBLB


Gabriela Vasconcelos - vice-campeã

Carlos Gonçalves - 3o lugar - categoria deficientes
O mundial que aconteceu entre os dias 28 de novembro e 04 de dezembro em Almaty – Cazaquistão, provou que o Brasil precisa investir mais em pesquisas nesse esporte para superar alguns adversários 
O mundial que aconteceu no Cazaquistão contou com a participação de 43 países e de mais de 1000 atletas. Como já esperado, este foi o campeonato mais difícil de todos os tempos, afinal todos sabemos que o leste europeu e o oeste asiático são os grandes pólos da luta de braço mundial, assim devido ao fato do evento ser realizado no Cazaquistão facilitou a participação dos países desta região, gerando categorias com grande número de competidores e com alto nível de competitividade. O Brasil esteve presente com uma delegação composta por 30 pessoas entre dirigentes, árbitros e atletas.
Na categoria para pessoas com deficiência, competimos com Chis Rejane de Souza, Valdomiro Souza, Carlos Gonçalves e Eriovaldo Marques.
A deficiente auditiva Chis Rejane foi campeã da categoria até 60 kg tanto com o braço direito como com o braço esquerdo, Valdomiro Souza, paraplégico, também fez bonito ao terminar a categoria até 60 kg masculina em segundo lugar com o braço esquerdo, Carlos Gonçalves deficiente motor também honrou as cores brasileiras ao obter o 3º lugar na categoria 75 kg com o braço direito, Eriovaldo Marques, que é amputado, na peso pesado foi eliminado nas quartas de finais ficando com o 4º lugar no braço direito. Com estes resultados terminamos em 5º lugar por equipe.
Na categoria Máster para atletas acima de 40 anos foi onde obtivemos os melhores resultados, fomos representados pelas atletas Cristina Bognar, Chis Rejane de Souza, Helenice Almeida, Jocilene Bassanelli e Silene Datas e Humberto Panzetti.
Chis Rejane, mostrando todo seu potencial nesta categoria, superou sua deficiência e sagrou-se campeã tanto com o braço direito como com o braço esquerdo até 60 kg, categoria que também tivemos a brilhante participação de Cristina Bognar.
Helenice Almeida na categoria 80 kg obteve o brilhante 3º lugar com o braço direito, superando suas adversárias com um conjunto perfeito de velocidade e força.
Na categoria acima de 80 kg a supremacia brasileira foi marcante, com o braço esquerdo a mineira Silene Dantas foi campeã e a campineira Jocilene Bassaneli por sua vez foi campeã com o braço direito, mostrando toda força das brasileiras.
No masculino máster tivemos apenas a participação de Humberto Panzetti na categoria acima de 100 kg. Humberto marcou sua volta às mesas, com uma atuação acima das expectativas e com extrema velocidade superou seus adversários caindo apenas nas quartas de finais, vencido pelo cansaço, ficando em quarto lugar. Estas classificações nos renderam o 3º lugar por equipe na classe máster.
Na categoria para Juniores, o Brasil foi representado por dois atletas até 80 kg Gustavo Lyra e Giuseppe Panzetti, Gustavo estreou muito bem no mundial, jogou com desinibição e personalidade, porém, pouco pôde fazer frente aos jovens da região, que treinam desde os parques infantis. Giuseppe, nossa grande esperança, 3º colocado no ranking mundial nesta categoria, não se deu bem, teve um confronto duríssimo com um Cazaquistanes na primeira rodada que lhe custou um grande desgaste.
Na classe Sênior (adulto) o Brasil obteve 4 medalhas, duas delas através da atleta Gabriela Vasconcelos da categoria 80 kg que obteve o 2o lugar tanto no braço direito como no braço esquerdo, a atleta Maraline Pardin Barbieri obteve o 3o lugar na categoria 70 kg com o braço direito e o nosso super atleta Wagner Bortolato obteve o 3º lugar na categoria 110 kg com o braço esquerdo.

Na primeira foto: Carlos Gonçalves 3º colocado até 75 kg. para deficiente
Na segunda foto: Gabriela Vasconcelos vice-campeã mundial até 80 kg. Braço direito

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

30 Arnold Classic Columbus 2018 - Amador

Por que sentimos sono depois de uma grande refeição?

30 Arnold Classic - Columbus Ohio Pro