Como preservar a boa saúde vocal



  No Dia Mundial da Voz especialistas
mostram como preservar a boa saúde vocal 




Fonoaudiólogos do A.C.Camargo apontam mitos relacionados aos
cuidados com a voz e mostram as verdadeiras ações que são benéficas 



Usar a voz de maneira inadequada pode causar disfonia (alteração da voz), como rouquidão crônica, hemorragia nas cordas vocais, e quando há associação com o fumo aumenta o risco para doenças benignas da laringe. O alerta é da fonoaudióloga do Hospital A.C.Camargo, Irene de Pedro Netto, que afirma ser adequado, quando não há um preparo vocal, falar num volume entorno de sessenta decibéis. Nesta sexta-feira, dia 16, será comemorado o Dia Mundial da Voz.

Segundo a especialista, um único momento de abuso como, por exemplo, o grito de gol de um torcedor durante uma partida de futebol, já é capaz de gerar lesões nas cordas vocais. Esta lesão, embora benigna, não sendo tratada pode se transformar numa rouquidão crônica. "O ideal é evitar falar muito em ambientes barulhentos, pois neles é comum falar mais alto. Há também pessoas que tem como padrão falar sempre alto em qualquer momento e isso pode ser decorrente de falha de audição ou padrão incorreto de fala, que deve ser corrigido por um especialista", afirma. 

Outro cuidado refere-se ao pigarro, pois ele gera forte impacto nas cordas vocais. O pigarro pode ser sintoma de um problema gástrico, dentre eles o refluxo, ou até mesmo um hábito. "É fundamental saber a origem do pigarro, pois se a causa for o refluxo de nada adiantará visitar o fonoaudiólogo", destaca a especialista.   

Cuidar bem da voz faz bem também para a vida profissional. Nos Estados Unidos, segundo a American Cancer Society, 28 milhões de trabalhadores têm problemas vocais e, consequentemente, o afastamento do trabalho e tratamento oferecido a estes profissionais gera um custo anual de U$ 2,5 bilhões. No Brasil, de acordo com a Academia Brasileira de Laringologia e Voz, apenas entre os professores estima-se que 2% deles estejam afastados por rouquidão, gerando uma despesa anual de R$ 100 milhões. "Por causa disso quem tem problemas vocais tem menos oportunidades no mercado de trabalho", destaca a diretora do Departamento de Fonoaudiologia do Hospital A.C.Camargo, Elisabete Carrara de Angelis.  

MITOS X VERDADES  

Aquelas pastilhas facilmente encontradas em farmácias não são boas para a voz. Na verdade, a maioria delas anestesia a garganta, fazendo com que a pessoa force a voz sem perceber, podendo causar lesões pelo esforço repetitivo.   

CONFIRA OUTROS MITOS:

- Spray de mel e chocolate não são benéficos. O chocolate engrossa a saliva e isso dificulta a articulação exigindo um maior esforço das pregas vocais e o trato fonatório como um todo. O spray de mel e própolis, por sua vez, apenas anestesiam o local.
- Fazer gargarejo com água e vinagre não ajuda a melhorar a voz, pois o efeito é apenas anestésico também.

CUIDADOS COM A VOZ:

- Ingerir, diariamente, dois litros de água em temperatura ambiente.
- NÃO gritar de forma frequente, falar alto ou pigarrear demais, pois são ações muito agressivas.
- NÃO fumar, independente da quantidade ou frequência. O cigarro é fator de risco para doenças benignas da laringe. - NÃO beber frequentemente.
- Dormir bem é fundamental, pois durante o sono a voz descansa.
- Quando se está resfriado é maior o esforço e, em razão disso, o ideal é falar menos.
- O falar baixinho (cochichar) pode gerar uma lesão laríngea que é tão maléfica quanto a provocada pelo ato de falar alto.
- No período pré-menstrual as mulheres estão com as cordas vocais inchadas devido à retenção de líquido e algumas podem ter uma leve rouquidão que, falando em demasia, pode piorar o grau da rouquidão.
- Caso a rouquidão dure mais de duas semanas o ideal é procurar um fonoaudiólogo.









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