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POPULAÇÃO CONTINUA A SER FUNDAMENTAL PARA SALVAR A VIDA DE PESSOAS COM PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
Precisamente 100 compressões por minuto, realizadas na altura mediana do osso esterno do tórax, com profundidade exata de 5 cm, para adultos e crianças, e 4 cm, para bebês, pode significar mais do que salvar a vida de uma vítima de PCR (parada cardiorrespiratória). Essa ação simples até mesmo para quem não possui qualquer treino resulta em melhores condições de recuperação e em menor número de sequelas neurológicas nas vítimas desse mal – que, estima-se, acomete cerca de 308 mil pessoas por ano, no Brasil. As novas diretrizes recomendam ainda que somente pessoas treinadas em suporte básico de vida agreguem a ventilação pela boca a essa manobra básica de compressão torácica. Isso porque “ao se preocupar com a respiração ´boca a boca´, a pessoa não treinada diminui o número e a qualidade das compressões, o que não é adequado, já que são essas as manobras principais para a manutenção da vida em condições adequadas até que o socorro médico chegue”, explica o diretor do Laboratório de Treinamento em Emergências Cardiovasculares do Incor. PORQUE É IMPORTANTE INFORMAR A POPULAÇÃO A morte súbita de origem cardíaca é uma das principais causas de morte em todo mundo. No Brasil, aproximadamente 308 mil pessoas por ano sofrem desse mal. Recente pesquisa do Incor levantou que, a cada ano, 21 mil pessoas são vítimas de morte súbita na população da cidade de São Paulo – a maioria delas (90%) em decorrência de arritmia cardíaca. A arritmia cardíaca decorre de problema no sistema elétrico do coração que descompassa os batimentos do músculo cardíaco a ponto de impedir o fluxo de sangue para o organismo. A partir de apenas três minutos sem sangue, as células dos diversos tecidos do corpo começam progressivamente a morrer, até tornar inviável a manutenção da vida. Grande parte das pessoas acometidas de mal súbito de origem cardíaca poderiam ser salvas se fossem submetidas a compressões torácicas, seguidas de reversão da arritmia por meio de um equipamento chamado desfibrilador. O aparelho descarrega choques elétricos no coração, através da parede do tórax, que colocam os batimentos cardíacos em ritmo compassado. O atendimento imediato é fundamental, diz Dr. Timerman, uma vez que a sobrevida de uma pessoa com parada cardíaca fora do hospital e sem qualquer estrutura de pronto-atendimento é muito baixa – de, no máximo, 8%. Cada minuto sem que nada seja feito eleva em 10% a possibilidade de morte. Estudo internacionais mostram que a sobrevida das vítimas pode chegar a 75% se a massagem cardíaca – caracterizada por compressões no tórax – for realizada de maneira adequada e precoce, seguida de choque com desfibrilador, num prazo de três minutos desde a parada cardiorrespiratória. A efetividade da massagem cardíaca para a manutenção da vida, até que chegue o socorro especializado, deve-se ao fato de ela melhorar o fluxo do sangue para coração e o cérebro, dois órgãos que são vitais para o funcionamento do organismo, explica o médico do Incor. |
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