Ortopedista explica sobre as novas tecnologias no mercado de colchões




Escolher o colchão ideal para o tipo físico de cada um é essencial para uma noite de sono com qualidade

Um terço da vida das pessoas é gasta dormindo. Alguém que dorme oito horas por noite, passa quase oito mil horas por ano na cama. Portanto, a escolha de um bom colchão é fundamental para ter uma boa noite de sono e acordar disposto para encarar as atividades do dia. Existem alguns modelos que podem ser inadequados para determinado tipo físico, uma patologia específica, ou, até mesmo, ele pode estar vencido.

Colchões possuem data de validade e é necessário estar atento a isso. Uma das principais dicas do ortopedista do Centro de Qualidade de Vida (CQV), Dr. Carlos Kopke, para uma boa qualidade do sono é que um colchão de espuma, por exemplo, deve ser trocado a cada cinco anos. “A espuma deforma muito rápido e, consequentemente, a pessoa irá acordar com o corpo dolorido. Os demais tipos podem ser trocados a cada sete anos, e na hora da compra de um novo é necessário avaliar o conforto e sentir a acomodação do corpo, independente do material de fabricação. Recomendo que se deite no colchão, no mínimo, cinco minutos na posição de costume. Se após esse tempo sentir algum desconforto, não é o modelo adequado para você”, explica. 

Atualmente, as camadas dos colchões vêm passando por investimentos de conforto, adaptando-se à constante resistência de peso e forma do indivíduo, apresentando material de poliuretano, espuma de memória e a espuma de memória de gel. “Os colchões híbridos também estão entre as melhores e mais recentes opções no mercado, graças aos benefícios que oferecem. Especificamente, eles combinam bobinas embaladas individualmente com espuma de memória para oferecer o melhor de ambos. As bobinas oferecem apoio, enquanto as camadas de espuma de memória e memória gel de espuma tem como função regular a temperatura corporal”, diz o ortopedista.

Entre tantas opções no mercado, o consenso entre os especialistas é que o colchão ideal seja aquele em que a pessoa se sente mais confortável, caso contrário, as noites mal dormidas podem comprometer a circulação sanguínea, causando desconfortos, câimbras e formigamentos noturnos, além de distúrbios na coluna - como a osteoartrose - fadiga, cefaleia, asmas e alergias. Para os casais, o ortopedista recomenda um tipo específico de colchão. “Casais devem priorizar colchões de molas ensacadas, o chamado sistema pocket, pois quando uma das pessoas se mexe, a outra não sente. É importante ressaltar também que os ombros e o quadril devem sempre estar acomodados para evitar as famosas dores lombares e lesões graves no futuro”, finaliza.

O especialista explica abaixo as características e a durabilidade de diversos tipos de colchões existentes no mercado:

Espuma de poliuretano
É feito de espuma e tem opções de densidade e altura conforme o biotipo da pessoa. No caso de casal, deve-se optar pela densidade do cônjuge, de maior peso. Custa menos que o de molas. Dura cerca de cinco anos.

Mola do tipo Bonnel
São molas de aço entrelaçadas e cobertas por uma fina camada de espuma. As mais modernas, de aço carbono, são mais silenciosas e resistentes. É mais indicado para solteiros, porque quando uma pessoa se mexe num canto do colchão, o outro lado balança. Suporta até 150 quilos em média (solteiro). É bem pesado e dura em média 10 anos.

Molas ensacadas ou Pocket
As molas de fio de aço, e em formato de barril, são ensacadas individualmente. O acionamento das molas funciona de forma individual, mantendo a estabilidade da superfície onde não há pressão. Costuma ter uma camada extra de espuma sobreposta ao colchão chamada "pillow top" para dar mais conforto. Suporta até 150 quilos (solteiro). Dura em média 10 anos.

Viscoelástico
Esse material não deforma com o peso do corpo, possui tecnologia da Nasa. A espuma tem capacidade de se moldar aos contornos do corpo. Porém, é o mais difícil de se adaptar nas primeiras semanas. Depois, ele memoriza o contorno do corpo propiciando muito conforto. Suporta qualquer peso e altura.

Látex
É produzido em material sintético, derivado da borracha. É bem macio e não esquenta. Dura em média cinco anos.

Ortopédico
Seu suporte é mais duro, porque há uma tábua de madeira entre as camadas de espuma. Muitos médicos o criticam porque pode prejudicar o conforto da coluna cervical. Também pode ser mais difícil chegar a um consenso quando se trata de um casal. Dura em média 10 anos.


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