Pessoas Explosivas Podem Sofrer de Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)
Pacientes com TEI tem dificuldade para controlar sua agressividade e podem desenvolver doenças do coração, enxaquecas, problemas digestivos, insônia, ansiedade, depressão, hipertensão arterial, enfartes
A
agressividade é inerente ao ser humano e representa uma maneira de se proteger
contra ameaças externas. Quando ela é excessiva, foge ao controle, torna-se
destrutiva, causa problemas nas relações pessoais, profissionais e na qualidade
de vida do indivíduo.
O
Transtorno Explosivo Intermitente (TEI) é um transtorno em que o paciente tem
dificuldade para controlar sua agressividade, caracterizada pelo descontrole
das emoções e gera manifestações de violência desproporcional ao evento
estressor. De acordo com a Vânia Calazans, psicóloga, algumas pesquisas
apontam a disfunção na produção da serotonina como uma das possíveis causas,
além de causas ambientais. Hoje, já se sabe que pessoas portadoras do TEI
pertencem a famílias instáveis onde há casos de dependência de álcool e/ou
drogas, explosões verbais e abusos físicos e/ou emocionais.
Acredita-se que esse transtorno é transgeracional e as crianças aprendem por modelação a repetir o mesmo padrão de comportamento. Nessas famílias o comportamento explosivo e violento é recorrente.
Acredita-se que esse transtorno é transgeracional e as crianças aprendem por modelação a repetir o mesmo padrão de comportamento. Nessas famílias o comportamento explosivo e violento é recorrente.
“No
Brasil, o TEI acomete cerca de 3% dos brasileiros e nos EUA o número de
indivíduos portadores da doença pode ser maior que 1,4 milhões. As atitudes dos
pacientes não são premeditadas trata-se de um impulso. Os portadores relatam
que, às vezes, por uma fração de segundos, tem consciência do que está por
ocorrer, mas não conseguem se controlar.
Eles dizem que esses momentos são precedidos de excitação crescente, alto nível de tensão, palpitações, fadiga, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, forte pressão na cabeça e pensamentos raivosos, que os levam a agir agressivamente. Os episódios podem durar em média de 20 a 30 minutos e após o ocorrido, os portadores sentem alívio da tensão, além de acreditam que seus comportamentos são justificáveis. Invariavelmente, quando conseguem pensar com mais calma sentem-se arrependidos, com vergonha, culpados, tristes e confusos. Esse comportamento violento é mais comum em homens do que em mulheres”, explica Vânia.
Eles dizem que esses momentos são precedidos de excitação crescente, alto nível de tensão, palpitações, fadiga, tremores, palpitações, aperto no peito, tensão nas costas, forte pressão na cabeça e pensamentos raivosos, que os levam a agir agressivamente. Os episódios podem durar em média de 20 a 30 minutos e após o ocorrido, os portadores sentem alívio da tensão, além de acreditam que seus comportamentos são justificáveis. Invariavelmente, quando conseguem pensar com mais calma sentem-se arrependidos, com vergonha, culpados, tristes e confusos. Esse comportamento violento é mais comum em homens do que em mulheres”, explica Vânia.
Consequências
do TEI
Indivíduos
com esse transtorno podem sofrer inúmeras consequências negativas em sua vida,
entre elas perda de emprego, suspensão ou expulsão escolar, divórcio,
dificuldades nos relacionamentos interpessoais, acidentes, hospitalização ou
detenções.
Pesquisas
recentes também confirmam que ataques frequentes de raiva podem abalar o corpo
físico, a mente e a psique de quem a sente. Hoje, sabe-se que os hormônios do
estresse, cortisol e adrenalina, produzidos em grande quantidade pelo organismo
durante os acessos de raiva, contraem os vasos sanguíneos e fazem subir a
pressão arterial e o ritmo cardíaco. “Achávamos que esses efeitos
desaparecessem depois da crise, mas as artérias de pessoas sujeitas a
frequentes impulsos de ira e de agressividade tendem a endurecer e a degenerar
mais rapidamente do que as de pessoas mais calmas, o que leva o paciente a
desenvolver doenças do coração, enxaquecas e dores de cabeça, problemas
digestivos e dores no abdômen, insônia, ansiedade, depressão, hipertensão
arterial, doenças da pele como eczemas, ataques do coração e enfartes”, conta
Vânia.
Tratamentos
O
tratamento para quem sofre de TEI requer uma combinação de psicoterapia com
medicamentos para ansiedade e depressão. "A literatura especializada
aponta que o tratamento psicoterápico traz os melhores resultados para o
paciente, pois ele oferece ferramentas para que aprenda a gerenciar o
sentimento de raiva e externar suas emoções", finaliza Vânia.
A
Dra. Vânia é formada em Psicologia Clínica pelo Instituto de Psiquiatria da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - IPQ-FMUSP; especialista em
Terapia Cognitivo Comportamental pelo Instituto Psiquiatria Faculdade Medicina
da USP IPQ-FMUSP; especialista em Transtorno Explosivo Intermitente (TEI)
AMITI/IPQ/FMUSP; especialista em Psicoterapia Psicossomática pela Associação
Brasileira de Medicina Psicossomática ABMP/SP; e especialista em Hipnoterapia
Cognitiva (Hipnose Clínica) pelo Instituto Cognicci de Porto Alegre.
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