Lúpus ocorre com mais frequência em mulheres


    Mulheres, entre 20 e 45 anos. Esse é o principal perfil das pessoas acometidas pelo lúpus eritematoso sistêmico, uma doença inflamatória crônica de origem autoimune, que pode ser desencadeada, em pessoas predispostas, pelo excesso de exposição solar, pelo hormônio estrogênio e até por uma infecção viral.

    O problema pode se manifestar de forma lenta e progressiva ou mais rapidamente e varia entre fases de atividade e remissão. “Há dois tipos principais de lúpus: o cutâneo e o sistêmico. No cutâneo, apenas a pele é atingida pela inflamação. Já no sistêmico, um ou mais órgãos internos podem ser afetados”, explica o reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Levi Jales Neto.

   Ainda segundo o especialista, os órgãos mais acometidos pelo lúpus sistêmico são as articulações, pele, rins, nervos, cérebro e membranas que recobrem o pulmão (pleura) e o coração (pericárdio). “As dores e inchaços nas articulações aparecem em 90% dos pacientes com lúpus. As lesões de pele ocorrem em 80% dos casos e são caracterizadas por manchas avermelhadas, principalmente nas partes do corpo com maior exposição solar, como rosto e colo. A inflamação nos rins (nefrite) ocorre em 50% dos casos e é uma das que mais preocupam, pois pode levar à insuficiência renal, se não tratada precocemente”, alerta.

   O diagnóstico da doença é feito por meio de uma análise médica, exames laboratoriais e de imagem. “Existe uma lista com critérios clínicos a serem avaliados. Se o paciente apresentar quatro dos 11 itens descritos, é caracterizado o lúpus. Para confirmar a doença, é preciso realizar o exame laboratorial FAN (Fator Antinuclear). Outros exames de sangue e/ou de urina podem ser solicitados para auxiliar a identificar se há sinais de atividade da doença nos órgãos”, esclarece Levi.

   Após a comprovação da doença, análise do grau e do tipo, o especialista vai indicar o tratamento mais adequado “De maneira geral, são receitados medicamentos imunossupressores que fazem com que o organismo reduza a produção de anticorpo que gera a inflamação”, conta o reumatologista.

   Embora seja um problema que acomete pessoas predispostas, algumas iniciativas podem ajudar a prevenir a manifestação do lúpus “Evitar o excesso de exposição solar, realizar atividade física e estar com a carteira de vacinação em dia fortalecem a saúde do corpo e diminuem as chances do organismo reagir exageradamente para se defender, ativando o lúpus”, recomenda.



* Levi Jales Neto é reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

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