PROTESTE constata falta de higiene em saladas prontas
Para quem aposta na salada pronta para ganhar tempo na cozinha,
a PROTESTE Associação de Consumidores não tem uma boa notícia: nem sempre a
higiene é tão boa assim, como constatou em teste com 18 marcas de alfaces
americanas e cenouras. Três marcas de cenouras obtiveram classificação fraca
e cinco, aceitável. Entre as alfaces, uma foi considerada fraca no quesito de
higiene e uma aceitável.
O processamento leva à destruição das células vegetais e a
alterações no metabolismo que resultam na redução da vida útil desses
vegetais. É preciso estar muito atento.
A legislação brasileira não contempla uma análise tão rigorosa
desses produtos. Ela requer, apenas, que estejam livres da presença de
salmonela e limita a quantidade de coliformes fecais.
A boa notícia é que não foi encontrada nenhuma bactéria
patogênica (aquelas capazes de transmitir doenças) nas amostras analisadas,
nem matérias macro e microscópicas prejudiciais à saúde humana.
Mas foram detectadas contagens muito altas de micro-organismos mesófilos
e coliformes totais, que são indicadores de qualidade higiênica inadequada.
Por não atenderem as boas práticas existentes, os resultados das
análises foram enviados às Vigilâncias Sanitárias das localidades onde as
marcas testadas são produzidas, solicitando a fiscalização dos respectivos
fornecedores.
Só em um produto do teste não foi detectada a presença de
coliformes totais (a alface Pronto!). A alface La Vita e as cenouras raladas
Verde & Cia, Carrefour e Verde Fácil obtiveram os piores resultados.
Na análise dos mesófilos, nenhum produto foi bem. As alfaces
Noda e La Vitae e as cenouras Carrefour, Roc-Rocky, Verde & Cia e Verde
Fácil foram as piores.
Nos psicrotróficos (bactérias capazes de desenvolverem em
temperaturas de refrigeração), só a cenoura em rodelas Roc-Rocky e a alface
Roda foram bem. Para bolores e leveduras, a maioria das alfaces foi bem, o
que não ocorreu com as cenouras - só a Qualitá se salvou.
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